À procura
da arte, quem sabe a fazê-la…
Sem
resposta certa,
Pena na mão
do escrivão sem tinta,
Eu proclamo
a única palavra que não quer ser respondida…
Saber.
Querer e não
querer.
Pergunta a
saber,
Responde
sem responder.
E fica-se
pelo perguntar.
Ar-r-r-rgg,
que sede enigmática
Ó nobres
átomos, mentes dos génios deste cosmo,
Atrevam-se
a responder!
Haverá
maior indecência majestosa?
Entende-se
o todo. E nem pela metade me digno a ficar.
Levantam-se
as égides da ansiedade,
No furor da
curiosidade,
Prontas para
a retaliação!
Tristes de
vós… A resposta foi ouvida pelo silêncio.
Ó força que
responde sem palavras,
Íman que
cola sem magnetismo,
Ó resposta
sem fala, sem letra
Rabisca-me
a verdade inteira ahhhh
No sentido
de perguntar!
Privilégio
fugaz daqueles que têm a sorte de a entender!
Para os que
entendem, atrevo-me a perguntar:
Querem
saber que mais?
Lamento
desiludir…
Mas acabei
de responder à pergunta que não tem resposta.
Tristão Quintas