Sou o sopro da dúvida,
O passo inseguro, no caminho perdido
Sou o mapa sem norte.
A brisa numa folha,
Sou um rabisco de alguém,
Ainda um esboço inacabado.
Sou lágrima frágil
No meio de uma guerra,
Não de armas, mas de vozes sufocantes.
Sou a pedra do meu caminho,
Sou um ponto, muito pequeno
Na linha do teu horizonte.
Sou um vidro partido
Cacos do teu medo
E pesadelos do meu ser.
Sou a pincelada diferente
De uma dança incompleta
Num rio sem fim, num mar sem princípio.
Sou história contínua,
Repleta de vírgulas e reticências
Eu, não sou mais do que eu!
Catarina Barbosa, 10ºO