Como gaivotas sem destino
Como um rio veloz
Tudo o que era
Apenas foi.
Pois agora
Eu procuro-te num vazio
Procuro a tua voz
Que se perdeu num lugar desconhecido.
E deixo-me vencer
Pelo que apenas me restou
Esta dor fatal e profunda
Que é tudo o que agora sou
Um vazio que não se preenche
Nem deixa ser preenchido
Engasga-me de desejo
Um sentimento nunca sentido.
Choro lágrimas
Choro paixão
Choro as lembranças de um “nós”
Que morreu naquele Verão
E como um rio sem foz
Como uma ave incapaz de voar
Ficarei onde estou
Deixando-me afundar.
Magda Alexandra Araújo